Era das Barmaids: Mulheres na história da coquetelaria

Estamos em uma nova era da coquetelaria! Há algum tempo vemos o crescimento das barmaids.

Respondendo a uma tendência mundial, as mulheres estão se ocupando de funções anteriormente entendidas como masculinas.

A democratização da coquetelaria também significa a inserção de mais mulheres na categoria!

Afinal, com a participação das mulheres, a coquetelaria cresce e se democratiza cada vez mais.

Pensando nisso, trouxemos histórias inspiradoras de mulheres essenciais para a história da coquetelaria!

Confira:

Ada Coleman (1875 – 1966)

Não tem como falar em barmaids e não citar a lendária Ada Coleman! 

Conhecida como ‘’Rainha dos Misturadores de Coqueteis’’, pelo jornal  The London Daily Express, foi Ada quem criou o drink clássico Hank Panky. 

Em 1903, Ada se tornou barman-chefe do Savoy Hotel, na Inglaterra, cargo que exerceu por 23 anos! Uma das primeiras mulheres a ocuparem a direção de um bar tão importante.

Coley, como era chamada, abriu as portas para que mulheres voltassem  a se dedicar à criação de coquetéis. Era reconhecida por seu trato com os clientes, esbanjando simpatia e drinks incríveis.

 Valentine Goesaert (1889 – 1986)

Em 1948, Valentine Goesaert tomou uma decisão que mudou a sua vida. 

Valentine decidiu enfrentar o governo dos Estados Unidos para conseguir exercer o seu direito de seguir como bartender e proprietária de seu próprio estabelecimento.

Tudo começou com uma nova política estadual de controlar o uso de bebidas alcoólicas no Michigan. 

Naquela época, as cidades em que a população fosse igual ou superior a 50.000 habitantes, os bares e bartenders deveriam ser licenciadas pelo governo.

Somente com esta licença, os donos dos bares poderiam manter o seu estabelecimento aberto.

No entanto, as mulheres não poderiam receber a licença, pois, segundo o argumento do estado, permitir que as mulheres fossem proprietárias de bares iria ferir os ‘’bons costumes sociais’’ da época.

Revoltada com tamanha injustiça, Valentine entrou com um processo contra o estado de Michigan. E, sua defesa, escolheu uma mulher para representá-la, a advogada Anne R. Davidow.

O processo foi capa dos jornais, sendo motivo de muita polêmica. Apesar da validade das argumentações de Valentine, o juiz Felix Frankfurter entendeu que a lei era constitucional.

Segundo o governo, a profissão de bartender era uma ameaça moral para as mulheres, entendido como um potencial risco social. 

Segundo esta lógica, o governo tinha o dever de proteger as mulheres de possíveis imoralidades. Esta decisão só foi revogada anos depois pelo juiz Craig V. Boren.

Apesar da derrota, Valentine deu um passo fundamental na defesa pelos direitos das mulheres e pela igualdade entre os bartenders.

Joy Perrine (1965)

 Já Joy Perrine, ainda faz história nos balcões. É uma especialista em bourbons e grande entusiasta de sua utilização por meio de formas criativas. 

Deu início ao seu trabalho enquanto bartender ainda na década de 60. 

Seu contato com o mundo dos drinks foi por meio de sua família, que contrabandeavam bebidas durante a Lei Seca nos Estados Unidos. 

Conquistou seu espaço no Kentucky Bourbon Hall of Fame, por conta de sua dedicação, além de ser autora de 2 livros sobre o tema.

Defensora da agilidade no atendimento e da utilização de ingredientes frescos na composição do drink.

 Joy deixa como dica aos novos amantes da coquetelaria oferecer a melhor experiência ao cliente, principalmente com bebidas que eles nunca experimentaram. 

 Ruth Burgess

Conhecida por também trabalhar nos balcões do The Savoy Hotel, a história de Ruth Burgess se mistura à de Ada Coleman.

Isso por conta da atuação de ambas no Savoy Hotel em Londres, no ano de 1925. 

No entanto, o fato de se misturarem dificulta a apuração de fatos sobre quem realmente foi Ruth e quais foram suas colaborações.

Ter Coley como sua parceira de trabalho, não isenta sua participação em um território onde o machismo sempre foi dominante.  

Ruth também é uma incrível mulher que quebrou paradigmas e fez história na coquetelaria mundial, apesar do papel secundário que a colocaram.

Essas grandes pioneiras e suas histórias foram essenciais para abrir caminhos na coquetelaria, e ter a cada dia mais mulheres atrás dos balcões. 

Atualmente, cerca de 60% dos profissionais que exercem essa profissão são mulheres! 

Claro que há muito ainda para ser conquistado, mas já demos grandes passos.

Para conhecer mais histórias incríveis:

Não deixe de conferir nossa matéria sobre Nei Lopes, além de 4 Personalidades Negras Invizibilizadas que contribuíram e ainda contribuem com a cultura do nosso país. 


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