Conheça 4 personalidades negras invisibilizadas

Conhecer a história de nosso país faz com que nos aproximemos cada dia mais do que realmente aconteceu, não só do que nos contaram, além de nos apropriarmos de nossa narrativa. 

O Arapuru Gin, reforça sempre que possível o compromisso com a cultura e a história que nos origina. Por esse motivo, fazemos questão de contar um pouco mais dessas histórias apagadas.  

Devido ao racismo estrutural, herança dos passados anos de escravidão, grandes personagens negros que fizeram parte do que conhecemos hoje enquanto sociedade e arte brasileira, tiveram suas histórias mascaradas e invisibilizadas. 

Ainda hoje, anos após a abolição, o reconhecimento de pessoas pretas como parte da sociedade ainda carece de atenção com os crescentes casos de violência, descaso social e racismo relacionados a essa população. 

Por esse motivo, trouxemos para você conhecer 4 personalidades negras que foram invisibilizadas na história do nosso país: 

1.Carolina Maria de Jesus

A autora de Quarto de Despejo – O diário de uma favelada, conhecida por retratar a dura realidade de ser uma mulher preta, mãe solo, moradora da favela do Canindé na segunda metade dos anos 50. 

Foi recentemente reconhecida pela UFRJ, como Doutora Honoris Causa devido à sua grande contribuição para a arte e cultura brasileira.

 Mesmo com seu livro entre os mais vendidos da época e sua ascensão social, isso não a isentou de vivenciar a dura realidade sociopolítica que perdura até os dias atuais. 

2. Luiz Gama 

Luiz Gama foi um advogado negro, grande líder abolicionista e um marco na história do Brasil, devido ao seu empenho na libertação de centenas de escravos durante o período imperialista.

Autodidata, após sua alforria aos 17 anos, começou a estudar Direito e as leis e teve papel fundamental na libertação de escravos, apesar de sua impecável oratória, o hoje advogado recebeu este título apenas 133 anos depois de sua morte. 

3. Nilo Peçanha

Apesar de não conhecido, Nilo Peçanha foi presidente de nosso país durante os anos de 1909 e 1910, após a morte de Afonso Pena. 

Com grandes feitos em seu mandato, o então presidente teve sua negritude apagada durante o período, sendo sempre retratado como pessoa de pele clara, assim como Machado de Assis e muitos outros grandes da história. 

4. Chiquinha Gonzaga 

Grande compositora e conhecida por seu trabalho pelo reconhecimento dos direitos autorais de artistas e compositores, Chiquinha Gonzaga é então o nome mais conhecido de nossa lista. 

Filha de uma ex escrava e de um militar de origem aristocrata, a pianista compositora de Ô Abre Alas foi então a primeira mulher negra a reger uma orquestra em no Brasil, no entanto, assim como Nilo Peçanha, ela também teve registros e referências, inclusive atuais onde era retratada como uma pessoa não negra. 

Precisamos reconhecer que partimos de lugares distintos da sociedade

E por esse motivo encontramos diversas realidades e percursos tortuosos também é compreender parte de nossa cultura e história, e assim, refletir o que construiremos a partir daqui.

Gostou de conhecer um pouco mais da história e cultura? Conheça também os projetos incentivados pelo Arapuru Apoia, que fomenta a cultura e a criação de novas narrativas. 

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