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Mas como isso acontece exatamente?
A maneira como cada gin é feito varia de receita para receita, de marca para marca. O que vamos descrever aqui é o processo desenvolvido pelo químico Rob Dorsett, nosso destilador mestre, para gins premium feitos artesanalmente, como o Arapuru Gin .
O início de uma viagem
A criação do gin começa com a adição de água ao álcool, até que a relação entre os dois, chamada de ABV (alcohol by volume), chegue entre 30 e 50%, dependendo de cada processo. Em seguida, o líquido inicial é bombeado para o pote do alambique. Lá dentro, os botânicos são adicionados para iniciar a jornada que dará sabor e aroma à bebida.
No caso do Arapuru Gin , 11 botânicos são implementados à mistura, com exceção da imbiriba, que atua das prateleiras da coluna do alambique - para que seus aromas fundam-se ao vapor que sobe após aquecimento do álcool lá embaixo no reator. As demais especiarias incorporam-se no caminho através do calor produzido pelo nosso alambique, aquecido com madeira de reflorestamento. Cada especiaria libera seus óleos especiais, aromas e gostos únicos que vão se misturando, até atingirem o ponto perfeito.
O líquido, então, continua sua viagem para a maceração em um reator altamente aquecido, processo conhecido como steeping (significa embebendo, em português), onde ficará à espera da transformação por um certo tempo.
Para o Arapuru Gin e alguns outros gins premium, como o Beefeater 24, são 24 horas de espera. Como diria Caetano, o tempo é compositor de destinos. Portanto, vale ressaltar que esse processo de maceração é a nota essencial para acentuar todos os aromas e sabores dos botânicos e compor um gin premium. Esse processo acaba encarecendo a produção, por isso, não é aplicado por marcas da categoria standard, como Beefeater ou Tanqueray. Uma alternativa é a maceração dos botânicos na infusão com álcool de temperatura ambiente, mas a eficiência de extração dos sabores e aromas seria inferior.
