No aniversário da Semana de Arte Moderna, um brinde à nossa brasilidade.
Foi em 1922 que um seleto grupo de intelectuais fez uma semana virar eterna. Você deve lembrar de alguns deles, se voltar um pouco para as aulas de Literatura, Artes, história do Brasil: Anita Malfatti, Oswald Andrade, Menotti del Picchia. Junto a eles, mais um seleto time de artistas que deu início a uma importante mudança na forma como o Brasil se vê.
A Semana de Arte Moderna teve base no Teatro Municipal de São Paulo, como uma tentativa das oligarquias do café – muito forte no estado – de mover o polo artísticocultural do Rio de Janeiro para a capital paulista. Até então a arte brasileira estava focada e inspirada nas produções e estilo europeus.
Do Manifesto Antropofágico de Oswald Andrade aos concertos de Villa Lobos, cada manifestação da Semana de 22 integrava um grande movimento pela valorização da brasilidade que a gente tanto ama. Voando no tempo, a gente se sente no palco daquela semana, 95 anos depois. Com todo o orgulho que isso representa.
A Antropofagia foi um dos maiores marcos do modernismo brasileiro e deixou como herança o desejo de olhar para a nossa brasilidade, em vez de copiar os padrões estrangeiros: “Tupy or not Tupy”?
Fundou-se aí uma nova identidade cultural brasileira, que deu origem à Bossa Nova e ao Tropicalismo, por exemplo.
O Arapuru também é fruto dessa viagem pelo Brasil. Resultado de um enorme desejo de ir fundo nas nossas raízes – quase que literalmente – é que a gente foi buscar ingredientes tipicamente brasileiros para juntar ao impecável processo de produção dos London Dry gins.
Basta olhar para tudo que o Brasil produziu em termos de cultura, ao longo desses 95 anos e a gente ainda consegue sentir na boca o sabor do Modernismo iniciado lá em 1922. E com o copo e peito cheios, oferecer um brinde aos voos que escolhemos alçar sobre o nosso próprio chão. Viva!