Contramemória: a releitura da Semana de Arte Moderna para hoje

Não é novidade que Arapuru preza por expressões de arte em diversas linguagens, formatos e advindas de qualquer pessoa, sem distinção de gênero, classe ou credo. Acreditamos na arte como um agente transformador de vidas e, consequentemente, da sociedade. Além de expressões atuais, gostamos de falar da história, do que precedeu, o que foi, assim como nos textos sobre a Semana de Arte Moderna com parte I e parte II que trouxemos.

A Semana de Arte Moderna foi o evento que aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo que reuniu diversos artistas brasileiros e estrangeiros e abrigou artes como: pintura, escultura, arquitetura, poesia e música, deixando um grande legado para nossa arte. Atualmente, no mesmo lugar onde houve esse marco, está em cartaz a exposição Contramemória, uma exposição que pretende traduzir para o contexto atual o ambiente cultural da Semana de 22, 100 anos atrás. A exposição conta com aproximadamente 117 obras, entre pinturas, vídeos, esculturas, desenhos, objetos, entre outras linguagens artísticas. Tem curadoria de Lilia Schwarcz, Jaime Lauriano e Pedro Meira Monteiro. Além das obras visíveis, é possível perceber um som enquanto passeia por lá e é uma gravação sonora da artista indígena Daiara Tukano.

Confira algumas obras:

Vista da exposição. Foto: Larissa Paz. 
Retrato de Mário de Andrade pintado por Flávio de Carvalho. Foto: Diogo Barros. 
Adriana Varejão. Figura de Convite III, 2005. Foto: Diogo Barros.
Vista da obra de Sonia Gomes suspensa. Foto: Larissa Paz.

A atualização da arte nessa exposição foi feita através de novas mídias, novas linguagens, narrativas e reforçou a importância de se trabalhar coletivamente e ver o avanço, ainda que pequeno, de lutas sociais como do movimento negro e LGBTIA+. Esse ganho também é refletido na arte e é só o começo! Felizmente, o contexto social nos dias de hoje abre possibilidades para que artistas negros, trans e indígenas estejam presentes e que tenham espaço e notoriedade. Ao longo dos séculos, esses grupos que foram tratados com inferioridade, inclusive no modernismo, cenário da SAM, mas agora podem ter voz.

Entre os modernistas presentes na exposição, estão Anita Malfatti, Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Emiliano Di Cavalcanti e Flávio de Carvalho. Já os artistas contemporâneos são Ailton Krenak, Denilson Baniwa, Daiara Tukano, Adriana Varejão, Mídia Ninja e Val Souza.

A arte é uma das formas mais genuínas que o ser humano tem para expressar seus sentimentos e consumir esse tipo de conteúdo pode ser muito enriquecedor, então aproveite a oportunidade!

A exposição vai até o dia 05/06 e é gratuita
Horário: 11:00 às 17:00
De terça-feira a sexta-feira, das 11h às 17h e sábado e domingo, das 10h às 15h

Endereço: Theatro Municipal de São Paulo, Praça Ramos de Azevedo s/n – República – São Paulo – SP
Classificativa indicativa: Livre
Para adquirir ingressos, clique aqui.


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