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Felipe Feca é fotógrafo e um artista brasileiro em ascensão. Já transitou por diferentes campos da fotografia, da comercial à artística, mas nunca deixou sua paixão pela arte de lado. Seus projetos carregam o questionamento sobre o comportamento humano e transitam entre simplicidade e complexidade.
Através do Arapuru Apoia, plataforma de ação e apoio a todos os tipos de arte, nós do Arapuru temos também promovido artistas brasileiros contemporâneos como o Felipe Feca. “Ser fotógrafo é sinônimo de coragem, dedicação, cultura, vida e inspiração.” comenta o fotógrafo. E essa verdade fica cada vez mais clara nos tempos em que vivemos: encontrar a vida através da arte exige coragem.
No seu projeto “Pataxós“, Felipe Feca visita as raízes das aldeias Pataxós na Bahia, para fazer um retrato de um Brasil que poucos conhecem. Em 40 dias, Felipe retrata essas comunidades indígenas em seu solo sagrado, como um esforço de perdurar a história dos Pataxós que continuam a lutar pelo direito de suas terras ancestrais.
Conversamos com Felipe para saber mais sobre sua trajetória, confira:
Você é um artista em ascensão e transitou por diferentes áreas da fotografia, como foi o início da sua trajetória?
Eu sempre fui uma pessoa muito curiosa, acho que todos que vivem ao meu lado me falam isso, e quando eu era criança não era diferente. Sempre que algum conhecido tinha uma câmera ou filmadora eu era o primeiro a me oferecer para filmar ou tirar fotos.
Em 2004 o óbvio era eu ter seguido uma faculdade de cinema, fotografia ou audiovisual, mas na verdade fui parar em publicidade e propaganda na Anhembi Morumbi. No começo da faculdade, fiz um mês de estágio e trabalhei um ano na empresa de uns amigos, e foi quando deu um click na cabeça, porque não fazer um curso de fotografia?
E então em 2006 comecei um pela Escola Panamericana de Arte e Design e de lá até 2010 acabei trabalhando como assistente para outros fotógrafos. Finalmente em 2010 comecei a trabalhar por conta.
E quais são os artistas que influenciaram seu crescimento na fotografia?
Na fotografia eu passei por muitas áreas ao longo dos anos, e em cada uma delas eu tive artistas que eu tentava absorver o máximo do conhecimento deles. E isso eu faço até hoje, ainda mais, com as mídias sociais que torna muito mais fácil encontrar alguém brilhante.
Nomes como Joe Mcnally, Nelson Kon, Alan Schaller, Sam Kolder, Jimmy Nelson, Bob Wolfenson, Steve Mccurry, Ciril Jazbec, Peter Hurley, Gal Oppido, Pedro Kok, Paulo Del Valle e Dani Zappa. Na verdade, poderia ficar até amanhã escrevendo pessoas brilhantes que estão por aí e que sempre me influenciaram.
Pode nos contar um pouco mais sobre seu processo de criação?
Como meus projetos são sobre o questionamento do comportamento humano e sobre sentimentos, eu acabo sendo uma pessoa que observa muito e dou muito valor para os devaneios.
Quando eu tenho uma ideia nova, eu tento colocar em palavras o que eu quero passar, pois muitos dos meus projetos eu quero que a pessoa pense e questione aquilo que ela vê.
Muitas das boas ideias surgem fazendo alguma coisa fora da rotina, vendo coisas novas, explorando novos ares.
Existem inspirações em outros campos você traz para sua arte?
Eu poderia dizer que muitas das minhas fotos estão bem conectadas com a psicologia, pois em muitos projetos que eu tenho eu trago essa conversa existencial e de autorreflexão.
Mas de uma maneira geral, pelo menos, a meu ver, na fotografia, a inspiração está por todos os lados, acho que cabe a nós interpreta-las da melhor maneira possível.
Confira mais trabalhos do artista nesse link ou no site felipefeca.com.br
fotos: acervo pessoal Felipe Feca
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