amor-tecimento

Renata nasceu em São Paulo (capital), mas há 3 anos mora no Ceará, na cidade do Crato. Ela é professora na Universidade Regional do Cariri na área de Teoria da Arte. Pesquisadora, artista visual, mãe de 2 filhos e uma mulher muito inspiradora. Renata se candidatou no prêmio Select com um dos seus projetos chamado AMOR-Tecimento, uma performance que ocorre a partir de encontros formativos-curativos.

AMOR-Tecimento trata-se de reaprender a amar, a tocar e reconhecer a potência da humanidade dos corpos negros – assim como somos educadas e educados a reconhecê-la nos corpos brancos. Vinte pessoas negras são convidadas a se tocarem em uma sessão de carinhos, carícias e massagens orientadas.

Renata escreve: “Nossas dificuldades coletivas com a arte e o ato de amar começaram a partir do contexto escravocrata. Isso não deveria nos surpreender, já que nossos ancestrais testemunharam seus filhos sendo vendidos; seus amantes, companheiros, amigos apanhando sem razão. Pessoas que viveram em extrema pobreza e foram obrigadas a se separar de suas famílias e comunidades, não poderiam ter saído desse contexto entendendo essa coisa que a gente chama de amor.”

As pessoas que participaram do AMOR-Tecimento foram convidadas por um chamado nas redes sociais que frisava que, quanto mais variadas as suas peles e suas idades fossem, melhor seria para desvincular da idéia de um padrão pré estabelecido a respeito de uma pessoa negra.

AMOR-Tecimento no SESC Vila Mariana, abril, 2019, São Paulo, SP. Foto: Crioulla Oliveira.
Algumas das pessoas participantes de AMOR-Tecimento, da esquerda para direita Shambuyi Wetu, Ederson Campos Jofe Santos, Marcia Izzo, Pritty Amaral, Carol Zeferino, Leonardo, Marcos Felinto, Nhiz Souza e Rhunan Brás, abril, 2019. Foto: Crioulla Oliveira. AMOR-Tecimento como oficina aberta não apenas para participantes da performance, mas para público interessado independente de pertencimento étnico-racial.
AMOR-Tecimento no SESC Vila Mariana, abril, 2019, São Paulo, SP. Foto: Crioulla Oliveira.

“Uma vez disse para algumas mulheres negras que gostaria de viver em um mundo onde existisse amor, onde pudesse amar e ser amada.Para que esse mundo possa existir é preciso acabar com o racismo e todas as formas de dominação. Se escolho dedicar minha vida à luta contra a opressão, estou ajudando a transformar o mundo no lugar onde gostaria de viver. Assim poderemos acumular forças para enfrentar o genocídio que mata diariamente tantos homens, mulheres e crianças negras. Quando conhecemos o amor, quando amamos, é possível enxergar o passado com outros olhos; é possível transformar o presente e sonhar o futuro. Esse é o poder do amor. O amor cura.”, finaliza Renata.

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